24.12.04

Porque festejamos o Natal a 25 de Dezembro?

«Em meados do séc. IV, o papa Júlio I levou a efeito uma investigação pormenorizada sobre a data do nascimento de Jesus Cristo. Depois de os seus estudos estarem completos, anunciou que, a partir daquela data, a data oficial do nascimento de Cristo seria sempre o dia 25 de Dezembro.
Antes da sua regulamentação final, tinha havido muita confusão. A verdade é que ninguém tinha a menor ideia da data real, o que levava a discussões e debates sem fim. Ninguém tinha a certeza do ano e muito menos do mês ou do dia.
Recordando as provas, uma coisa é certa: Cristo não nasceu a 25 de Dezembro do ano 0. Dizem-nos que os seus pais tinham feito a viagem de noventa milhas, em quatro dias, de Nazaré a Belém, devido a um censo romano da população, e sabemos que esta contagem de pessoas para efeitos de impostos era feita de catorze em catorze anos. Foram feitos censos nos anos 20 d.C., 34 d.C. e 48 d.C. Isto significa que, se a viagem para Belém foi real e não simbólica, Ele nasceu provavelmente ou no ano 6 d.C. ou no ano 8 d.C.
Considerações astronómicas relacionadas com a possível presença de uma «estrela brilhante» apontam para alguns anos a.C. como data de nascimento, sendo 6 a.C. o ano preferido.
No que concerne à data exacta, alguns escritores mais antigos preferiam 16 ou 20 de Maio. Outros escolheram 9, 19 ou 20 de Abril. Outros ainda inclinavam-se para 6 de Janeiro ou 18 de Janeiro. 29 de Março e 29 de Setembro também eram adversários de respeito.
O cálculo mais engenhoso baseava-se na ideia de que, visto que se parte do princípio de que Cristo terá morrido a 25 de Março, deve também ter sido concebido a 25 de Março, porque o seu tempo na Terra tinha de ser um número perfeito de anos. Nove meses depois de 25 de Março, temos 25 de Dezembro, e, desta forma, pode justificar-se a data escolhida oficialmente. (...)»
In MORRIS, Desmond (1992). Mistérios do Natal, Publicações Europa-América, pp. 14-16
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